data-filename="retriever" style="width: 100%;"> data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Ian Tâmbara (Diário)
Com direito a cartazes e fotos em sua homenagem, Verônica Oliveira, transexual morta esfaqueada na madrugada desta quinta-feira, foi velada no plenário da Câmara de Vereadores de Santa Maria. A decisão de realizar o velório no local foi tomada pelos vereadores, que votaram a favor por unanimidade.
O corpo de Verônica chegou ao Legislativo no final da noite desta quinta. Conforme amigos e familiares, foram mais de 100 pessoas que passaram no local para se despedir. Além disso, militantes da causa LGBTQIA+ também estiveram presentes.
Muito comovidos pela perda da familiar, o cunhado de Verônica, Miguel de Oliveira, e o esposo, Fabrício Machado, clamaram por justiça.
Entre as pessoas que compareceram na Câmara, estava Kamille, a primeira transexual a ser acolhida no alojamento para transexuais fundado por Verônica.
- Ela era uma pessoa maravilhosa, era minha segunda mãe. Nos meus aniversários, eu tirava foto com a minha mãe (biológica) e ela do lado, porque a Verônica significava isso pra mim - afirma Kamille.
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Atualmente, Verônica morava com Glória Maria, outra transexual acolhida por ela. Glória exalta o papel importante da Mãe Loira, como era conhecida por todas.
- A Verônica, além de ter esse rótulo de Mãe Loira, ela "colocava o nome no papel". Ela nos abraçava, nos repreendia, nos dava conselhos. Hoje, Santa Maria está em luto. O Bairro Urlândia está em luto. Uma transexual que nasceu pobre, conquistou o que ela conquistou, mas nunca perdeu a sua essência e a humildade dela - ressaltou Glória.
O velório deve ser encerrado por volta de 10h desta sexta-feira.